Entidades sindicais e Banco da Amazônia reúnem GT de Saúde

O Grupo de Trabalho paritário entre Banco da Amazônia (Basa) e entidades sindicais reuniram-se para apresentação de proposta de ampliação de recursos e melhorias no Programa Saúde Amazônia, que foi acordado em mesa de negociação da Campanha Salarial deste ano

O Grupo de Trabalho (GT) é composto por quatro representantes da Contraf-CUT, sendo: Tatiana Oliveira, presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará; Cristiano Moreno, coordenador da Comissão dos Empregados do Basa; Ronaldo Fernandes, representante da Fetec-CUT/CN e Ricardo Vitor, do Sindicato de Rondônia. O GT é composto ainda por dois representantes da Contec: Andrea Gonçalves (SEEB/AM) e Heloisa Costa (Sintec/TO); e Marla Brito (SEEB/MA – sem confederação).

Pelo Banco da Amazônia, a composição é formada por Francisco Moura, gerente executivo da GESOP/Basa; e Bruna Paraense, gerente executiva da GEPES; com assessoria da coordenadora da Coordenadoria de Apoio à Gestão da GEPES, Daniela Vasconcelos. O Grupo de Trabalho conta ainda com a assessoria técnica de Vivian Machado, economista que integra o Dieese/Seção Bancários da Contraf.

1ª reunião GT de Saúde

A primeira reunião do GT ocorreu no dia 15 de outubro, em que o Banco da Amazônia apresentou os dados gerais sobre o Programa Saúde Amazônia.

As entidades sindicais identificaram a necessidade do detalhamento dos dados que o Basa apresentou. Assim, ficou acordado que as instituições representativas dos empregados e empregadas do banco enviariam perguntas para aprofundamento dos dados. No dia 17 do mês passado, as perguntas elaboradas foram enviadas ao Basa.

Nessa primeira reunião foi realizada, ainda, uma discussão sobre o papel do grupo, funcionamento, e que, de acordo com o prazo firmado, o encerramento do GT seria dia 15 de dezembro deste ano. Foi acordado também que, caso necessário, as reuniões serão realizadas uma vez por semana.

2ª reunião GT de Saúde

A segunda reunião foi realizada na última sexta-feira de outubro (25), que iniciou com a empresa respondendo às perguntas feitas pelas entidades sindicais.

Entidades: Quanto é a despesa do banco mensal e anual com o Programa Saúde Amazônia? E o percentual disso nas despesas de pessoal?

Basa: A empresa informou que responderá na próxima reunião.

Entidades: Quais os percentuais e quantos são os planos utilizados pelos empregados ativos e inativos?

Basa: Dos 2.233 ativos: 1.328 (59,47%) utilizam CASF; 724 (32,42%) utilizam Unimed e 181 (8,11%) utilizam os demais planos. Dos 1.279 aposentados: 1.093 (85,46%) utilizam CASF; 151 (11,81%) utilizam Unimed e 35 (2,74%) utilizam os demais planos.

Entidades: Quais são os valores por modalidade desses contratos de plano de saúde? Enfermaria ou apartamento? Nacional ou regional?

Basa: 2.233 ativos: nacional 2.043; regional 84; municipal 106. 2.233 ativos: 2.068 apartamento; 165 enfermaria.

Entidades: Qual é a quantidade de titulares e dependentes no total de vidas assistidas?

Basa: Ativos: são 3.718 vidas assistidas, sendo 2.233 titulares e 1.485 dependentes (até 23/09/2024).

Entidades: Qual o perfil dos que utilizam o programa?

Basa:

Entidades: Quantos não participam do Programa? Destes, quantos não estão assistidos por nenhum plano de saúde?

Basa: 675 empregados e empregadas não participam do programa (aguardando o resultado da pesquisa).

Entidades: Quantos estão impedidos de utilizar o programa pela CGPAR52?

Basa: A empresa informou que quem é ativo tem direito. Quem está no pós-emprego, não tem esse direito. A empresa ficou de levantar o quantitativo.

Entidades: Qual o impacto do desconto de R$ 500,00 (quinhentos reais) aplicado pela CASF Corretora nos custos do Programa Saúde Amazônia? Discriminar valores gastos com o Programa antes e depois da aplicação do referido desconto.

Basa: A empresa informou que responderá na próxima reunião.

Entidades: Quanto recurso foi repassado pela CASF Corretora diretamente para o banco?

Basa: Nenhum valor foi repassado da CASF para o banco, a título de plano de saúde.

Entidades: Qual a memória de cálculo do valor médio de referência do Plano de Saúde?

Descrever o modelo adotado para definição do valor (quantas vidas e tipo de plano).

Basa: Na época foi feito um estudo pelo banco, onde o valor de referência era de um titular e 2 dependentes. O valor foi atualizado anualmente.

Entidades: Informar as faixas salariais que existem hoje no banco, para fins de análise sobre as faixas atualmente existentes no programa.

Basa:

Na segunda reunião ficou acordado que as entidades farão a pesquisa do valor de referência dos ativos, aposentados e dependentes. O Dieese também fará a análise dos dados que o banco forneceu.

Gustavo Carvazan, do Dieese, propôs que além da média, seja feito também o cálculo da mediana. “A proposta de calcular a média e a mediana dos ativos, aposentados e dependentes, é informar um indicador com menos distorções do que a media”, explicou.

A empresa informou que enviará o cálculo, inclusive dos dependentes.

“Com base na pesquisa, as entidades têm mais condições de formular uma proposta, nosso foco é trazer benefícios aos usuários e usuárias do programa”, avaliou Tatiana Oliveira.

As entidades sindicais apresentaram, na reunião, a proposta para que a AEBA também acompanhe as discussões do GT.

3ª reunião

Realizada na última segunda (4), às 16h, as entidades cobraram os dados pendentes de envio pelo banco, que se comprometeu em fornecer no mesmo dia, ao final da reunião, por e-mail. Contudo, a pesquisa junto ao público não participante continuará em andamento, pois ainda falta a resposta de percentual considerável. Nesta reunião, as entidades disseram já ter iniciado levantamento de valores juntos aos planos, mas que este levantamento depende das informações pendentes, assim, darão continuidade e as informações serão apresentadas na próxima reunião do Grupo de Trabalho, que ficou agendada para o dia 12 de novembro, às 10h, em formato virtual.

Fonte: Bancários PA