Delegações terão o desafio de decidir prioridades para elaboração de políticas públicas; classe trabalhadora jogará peso na retomada de processos democráticos de representação que foram extintos
A 5ª Conferência Nacional da Pessoa com Deficiência, organizada pelo Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, que há oito anos, desde o golpe da presidenta Dilma Rousseff, não era realizada, acontece desde domingo (14) até quarta-feira (17).
A Conferência Nacional foi precedida das conferências regionais - estaduais e municipais -, e por voltar a ter o caráter de ampla participação social, tem sido motivo de celebração pelas organizações sociais.
Para a secretária de Políticas Sociais da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Elaine Cutis, a retomada da Conferência Nacional da Pessoa com Deficiência, após oito anos, demonstra o compromisso do governo com a democracia e a construção de espaços mais inclusivos e igualitários. “Este evento é um passo concreto para garantir que as vozes das pessoas com deficiência sejam ouvidas e respeitadas em todas as esferas da sociedade. Através do diálogo, podemos identificar e derrubar barreiras existentes.”
Ela ainda destaca a importância do mundo do trabalho nessa jornada. “Não podemos mais adiar a criação de ambientes verdadeiramente inclusivos. É hora de ampliar a contratação de pessoas com deficiência, assegurar seus direitos e criar condições igualitárias de ascensão nos cargos de liderança. A inclusão é um direito, não um favor. Somente com o compromisso de todos os setores, incluindo o mercado de trabalho, construiremos uma sociedade que valoriza a diversidade e promove a igualdade de oportunidades”, completou.
O tema geral desta edição é "O cenário atual e o futuro na implementação dos direitos da pessoa com deficiência: construindo um Brasil mais inclusivo", e está estruturado em debates sobre cinco eixos temáticos:
“Estratégias para manter e aprimorar o controle social, assegurando a participação das pessoas com deficiência”;
“Garantia do acesso das pessoas com deficiência às políticas públicas e avaliação biopsicossocial unificada”;
“Financiamento da promoção de direitos da pessoa com deficiência”;
“Cidadania e Acessibilidade”;
“Os desafios para a comunicação universal”.
Fonte: Contraf/CUT.
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