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Movimento sindical cobra fim do horário estendido pelo Santander

Banco convocou funcionários para trabalhar normalmente, mesmo aqueles com doenças que podem ser agravadas pelo vírus da covid-19, mas mantém horário especial para os clientes com este mesmo perfil

O movimento sindical cobrou do Santander o fim do horário estendido para atendimento de clientes com doenças que podem ser agravadas pelo vírus causador da covid-19. A direção do banco convocou os funcionários do grupo de risco para a covid-19 para voltarem ao trabalho presencial desde segunda-feira (4). Mas, manteve o horário estendido nas agências para atendimento aos clientes do grupo de risco.


O horário regular é das 10h às 16h, ou das 10h às 15h nos municípios que assim determinaram, conforme legislação local. Durante a pandemia, o Santander, junto como os demais bancos, implementou horário de atendimento preferencial das 9h às 10h nas agências para idosos e pessoas do grupo de risco para o coronavírus.


“O cenário atual leva a crer que, para o Santander, a segurança e a prevenção contra o coronavírus dentro das agências para os funcionários, independentemente de comorbidades ou demais fatores que agravam uma infecção, é menos importante do que para os clientes, já que os bancários do grupo de risco foram convocados para o retorno presencial, mas as agências continuam com horário estendido para clientes do grupo de risco para a covid-19”, disse a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Lucimara Malaquias.


A direção do Santander respondeu que este tema está em discussão internamente, e se comprometeu a dar retorno ao movimento sindical até o fim desta semana.


“Da forma como está, o banco tem usado a pandemia como pretexto para aumentar a carga de trabalho nas situações que lhe convém, porque essa uma hora a mais de atendimento significa sobrecarga de trabalho para os bancários. E ainda há denúncias de bancários de diversos locais de trabalho onde clientes que não são do grupo de risco chegam entre 9h e 10h, e acabam atendidos porque nenhum bancário ousaria recusar atendimento”, afirma Lucimara.



Fonte: Contraf/CUT

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