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Seminário da UNI Mulheres Brasil fecha mês de luta contra violência de gênero

Expositoras apontam que luta contra o feminicídio e direitos iguais abarca mulheres do mundo inteiro

Aconteceu nesta quinta-feira (30) o encontro organizado pela UNI Mulheres Brasil para um balanço do mês de luta, em celebração ao Dia Internacional da Mulher, que ocorreu em 8 de março. “Ao longo deste mês, as entidades que compõe a Rede UNI Mulheres Brasil promoveram diversas ações, incluindo manifestações nos espaços públicos, fóruns de debate e manifestações nas redes sociais, na quais chamamos atenção para a luta por igualdade de gênero”, explicou Fernanda Lopes, que é secretária da Mulher da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e secretária de Atas da Rede UNI Mulheres Brasil. “Reconhecemos avanços conquistados ao longo da história. Mas, em todo o mundo, sofremos retrocessos nos últimos anos. Isso mostra que a troca de conhecimento e o fortalecimento das nossas pautas precisam continuar”, completou. O evento ocorreu sob a mediação de Maria Edna Medeiros, coordenadora da Rede, com a participação de Theresa Martimer (presidenta UNI Américas Mulheres), Verônica Mendez (chefa Mundial UNI Igualdade de Oportunidade), Andréa Garcia (secretária de Igualdade de Oportunidade UNI Américas Mulheres), Cristiane do Nascimento e Neiva Ribeiro (vice-presidentas do Comitê de Mulheres da UNI Américas).


Perspectivas de avanço


O evento também teve a participação da representante da Secretária Nacional de Enfrentamento à Violência contra Mulheres, do Ministério das Mulheres, Ana Paula Cerca. Ela destacou as medidas lançadas pelo governo Federal, no dia 8 de março, para combater a desigualdade de gênero e que abrangem mercado de trabalho, assistência social e segurança de vítimas de violência. >> Leia também: Dia Internacional da Mulher – pacote do governo inclui participação de bancos públicos e ratificação da C190 Nos últimos anos, as políticas públicas para mulheres, promovidas pelo Estado Brasileiro foram praticamente apagadas. Um levantamento feito pelo Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) e apresentado no final do ano passado mostra que a gestão Bolsonaro cortou 94% da verba destinada para a proteção das mulheres, nos orçamentos elaborados e enviado ao Congresso, referentes aos anos 2020 a 2023. O plano de ações apresentado agora, no terceiro mandato do governo Lula e sob a coordenação da ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, abarca os vários tipos de violência que atingem as mulheres, incluindo o econômico. “Além das questões para segurança da mulher, o governo também apresentou propostas para crédito, por meio de bancos públicos, a juros reduzidos às mulheres empreendedoras e também um projeto de lei que obriga igualdade salarial entre homens e mulheres que exercem a mesma função”, lembrou Fernanda Lopes. >> Leia também: Mulheres são maioria entre desempregados e, quando empregadas, ganham em média 21% menos que homens


Preparação para Conferência Mundial Feminina na Filadélfia


O final do mês de março também foi marcado pelo encontro do Comitê Mundial de Mulheres da UNI Global Union, realizado em Madri, na Espanha, nos dias 27 e 28, com quase 40 participantes de 19 países representando todos os setores da UNI, incluindo Fernanda Lopes.

“Nesse encontro focamos nas prioridades estratégicas para os próximos quatro anos do Congresso da UNI e na preparação da Conferência Mundial Feminina na Filadélfia, que vai ocorrer em 25 e 26 de agosto de 2023”, pontuou Fernanda. Os temas abordados na reunião foram: uma perspectiva de gênero para saúde e segurança; aumentar a participação das mulheres nos sindicatos; ação para acabar com a violência e o assédio contra as mulheres; lutar por trabalho decente, incluindo salário igual para trabalho igual e acesso à aprendizagem ao longo da vida; bem como a capacitação de mulheres jovens no movimento sindical.


Luta de todas


Fernanda destacou que, nos dois seminários realizados para fechar o mês de luta das mulheres, o entendimento foi que, apesar das diferenças culturais e econômicas, entre regiões e países, as características da violência de gênero são as mesmas. “Infelizmente os problemas das mulheres são muito parecidos ao redor do mundo, por isso precisamos de união nas mesmas pautas e, exatamente por isso, é importante a participação do movimento sindical bancário nesses eventos, para avançarmos na construção de saídas”, pontuou. >> Leia também:



Fonte:Contraf-Cut

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