O encerramento das atividades da unidade aconteceu no dia 08 de março
Na última segunda-feira (13), o Sindicato dos Trabalhadores do Estado do Amapá (Sintraf-Ap) realizou uma reunião com as trabalhadoras e os trabalhadores do banco Itaú para discutir pautas como assédio moral, demissões e fechamento de agências no estado.
Guiados pelos acertos do encontro do COE Itaú com a Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte (Fetec-CUT/CN), que aconteceu no dia 09 de março em Cuiabá, o Sintraf-Ap buscou ouvir os problemas que permeiam o dia a dia dos bancários.
A Diretora de Comunicação do Sintraf-Ap e funcionária do Itaú, Janaína Figueiredo critica a política de exposição de bancários adotada pela instituição após o rebranding em seu marketing interno. “Mesmo diante de um lucro acima de 30 bilhões no ano de 2022 o banco fecha agências e demite trabalhadoras e trabalhadores. Os funcionários estão trabalhando com medo de desligamento e sobre pressão para o cumprimento de metas," denuncia.
A diretora também comenta o encerramento de uma unidade do Itaú no Centro da capital amapaense. “Com o fechamento de mais uma agência em Macapá a demanda só aumenta e os trabalhadores são obrigados a trabalhar sem estrutura física na agência receptora. Sem contar com a falta de respeito a população em geral que muito contribui para o lucro exorbitante do banco,” critica a dirigente.
Com a pandemia a necessidade de modificar a forma como o contato com os trabalhadores era realizado pelos bancos ficou ainda mais latente, dessa forma o Itaú elaborou novas estratégias de comunicação. É o que diz a matéria publicada em 2021 no portal Pipeline, vinculado à revista Valor Econômico.
Segundo o título do texto o “Itaú põe seus ‘Itubers’ para competir em turma”, para o banco essa é uma forma de incentivar e aumentar o engajamento e disposição dos funcionários. Mas esse tipo de ação atinge negativamente o trabalhador.
De acordo com o comunicado enviado pela Fetec-CUT/CN depois da reunião com o COE Itaú, os funcionários estão sobrecarregados com o trabalho e que as cobranças são extremas. E apontam que esse recurso (o Ituber) traz consigo muita pressão visto a exposição que ele submete os funcionários.
A Diretora ainda declara. “A categoria está sobrecarregada, chega de fechamentos, demissões e assédio moral, queremos contratações e mais respeito com a saúde física e mental do trabalhador”, desabafa Janaína.
Amanda Isis/Ascom Sintraf-Ap
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